O post que escreverei a seguir é bastante nerd e específico para um público. É o meu primeiro sobre quadrinhos e espero que até aqueles que não leem (que são muitos), curtam. O que vai ser falado aqui não irá ter nada mirabolante. Reuni seis histórias inesquecíveis e que me lembro com carinho. Algumas fizeram parte da minha infância, outras da minha adolescência. Cada uma tem uma história por trás e por isso que resolvi dedicar um post para elas.
Começando em 3,2,1... GO, GO!
Guerra Civil
Aqui é herói contra herói. A saga "Guerra Civil" foi uma das maiores (e melhores) sagas da Marvel Comics já feita. Entre os anos de 2006/2007 abalou e deu uma reviravolta no universo dos super-heróis da empresa.

Foram batalhas e mais batalhas, os X-Men mais de fora do que dentro da guerra, o Homem-Aranha mais confuso que satélite da Nasa e muita discussão e porrada entre Tony Stark e Steve Rogers. Apesar de achar que a narrativa sempre favoreceu o lado da resistência, no caso do Capitão América, mostrando que os seus ideais tinham mais importância e coerência do que o de Tony Stark. A estória rendeu grandes mudanças nas HQs e fez com que os leitores fossem obrigados a ler. Peter Paker assumindo a sua identidade é clássica, Capitão América é condenado, a nova reformulação dos Vingadores. Mas acredito que nada disso foi obrigação. Até hoje a grande saga é lembrada com carinho pelos fãs e ainda é idolatrada por muitos.
Superman: Paz na Terra
Uma das grandes lições de humanidade já escritas para uma HQ de super-herói. É assim que eu defino Superman: Paz na Terra de 1999. Você não precisa gostar do Super, muito menos gostar de ler revistas de super heróis.
Com a perfeita arte de Alex Ross, que pinta em vez de desenhar, faz com que seja (por mim, claro) uma das melhores estórias do azulão.
Com a perfeita arte de Alex Ross, que pinta em vez de desenhar, faz com que seja (por mim, claro) uma das melhores estórias do azulão.
Tá chegando o Natal e Superman começa a se alto analisar e a ponderar o que ele anda fazendo de importante socialmente. Não estamos falando aqui de salvar o mundo de um asteroide ou de monstros de outros planetas e grandes vilões querendo dominar a Terra.
Nessa bela estória, encontramos um Superman preocupado com a fome e a miséria. Aquela famosa lição de "com os meus poderes eu posso mudar o mundo". E é isso o que ele tenta fazer, levando alimentos aos países mais necessitados. As imagens transmitidas pelo Ross são tocantes e mostra o outro lado de ser um herói. Com sua super força e voo, ele vai aos quatro cantos do mundo (incluindo uma bela imagem dele sobrevoando o Rio), e leva o que pode de suprimentos. O atroísmo e a grande mensagem de esperança é o ponto chave dessa estória que nos faz repensar sobre o que fazemos para contornar a realidade precária de muitos.
E o próprio Superman percebe que apenas ele sozinho não pode resolver todos os problemas dos países. Que cada um deve fazer sua parte, ser parte do heroísmo junto com ele. Mas que acima de tudo a começar por ele dando o exemplo, que é o essencial.
Nessa bela estória, encontramos um Superman preocupado com a fome e a miséria. Aquela famosa lição de "com os meus poderes eu posso mudar o mundo". E é isso o que ele tenta fazer, levando alimentos aos países mais necessitados. As imagens transmitidas pelo Ross são tocantes e mostra o outro lado de ser um herói. Com sua super força e voo, ele vai aos quatro cantos do mundo (incluindo uma bela imagem dele sobrevoando o Rio), e leva o que pode de suprimentos. O atroísmo e a grande mensagem de esperança é o ponto chave dessa estória que nos faz repensar sobre o que fazemos para contornar a realidade precária de muitos.
E o próprio Superman percebe que apenas ele sozinho não pode resolver todos os problemas dos países. Que cada um deve fazer sua parte, ser parte do heroísmo junto com ele. Mas que acima de tudo a começar por ele dando o exemplo, que é o essencial.
Homem-Aranha: Carnificina Total
Eu era pirralha quando essa mini-série em duas edições foi lançada nas bancas. Na época era a editora Abril que trouxe a rápida saga para o Brasil. Numa época em que os leitores estavam começando a gostar do vilão do aracnídeo Venom.
Carnificina Total (1996) é focado no mais recente (naquela época) vilão, Cletus Kassady vulgo Carnificina que teve uma parte do simbionte de Venom presa ao seu corpo. Ele escapa do sanatório e simplesmente é daqueles que mata por diversão. E é o que acontece.
É nessa hora que o Homem-Aranha aparece e como não consegue detê-lo sozinho, recebe a ajuda de uma leva de heróis (e anti-heróis também), para lutar junto com ele. O mais bacana da série é pelo fato do Aranha se reunir (contra a sua vontade) com o Venom, Morbius, Gata-Negra e outros que são personagens bem incomuns e com pensamentos e ideais contrários ao dele. Mas não tem como você não acabar torcendo com eles pra que a gangue do Carnificina leve umas boas porradas.
O ponto alto da saga é quando o Capitão América aparece. Sabe aqueles momentos que tudo tá perdido? O Homem-Aranha quase morto, os seus aliados feridos e você pensa: Agora ferrou. Aí Steve Rogers chega pra colocar ordem na baderna que o Carnificina fez em Nova York.X-Men: A Era do Apocalipse
Uma das sagas bem antigas dos mutantes, mas fundamental na prateleira dos fãs de HQs. Em X-Men: A Era do Apocalipse nós temos os mutantes em uma realidade diferente da que estamos acostumados.

Você não precisa se preocupar em ver a equipe sendo a vilania do pedaço, pelo contrário. Magneto aqui é um herói e ensina seus pupilos da mesma forma (ou até mais rígido), que o próprio professor X a defender não só a causa mutante, como também a viver em paz com os humanos. Sendo o oposto do que todos conhecem.
Nesse universo alternativo, Apocalipse reina na America do Norte fazendo um legado de sangue por onde quer que passe. Cabe aos X-Men de Magneto ser a única resistência e esperança para o mundo (ou pelo menos pra os EUA), e dar uma lição no cara.
Pontos bacanas da saga é a saída de Arma X (Wolverine) e Jean Grey da equipe e a estória de Ciclope que nesse universo é servo de Apocalipse e aos poucos vai se rebelando. É uma boa saga e que está sendo republicada pela Panini.

Ponto forte do mundo ultimate é que ele pode trazer origens diferentes e bem mais simples aos heróis, e essa saga de apenas quatro edições mostra bem isso. Você não precisa conhecer fatos anteriores para acompanhá-la.
Temos aqui Os Surpremos (os Vingadores) liderados pelo Capitão, numa busca pelos X-Men que se encontram desaparecidos após o atentado que Magneto faz a Ponte do Brooklyn e ao QG dos Supremos. O Capitão América, acreditando que os X-Men tem culpa por ter deixado Magneto vivo, e ainda de estar por trás junto com ele, declaram guerra contra os mutantes do Professor X. Apesar da saga mostrar mais o lado e todo o planejamento dos Supremos sobre os X-Men, a estória tem mais impacto sobre os mutantes, deixando o universo dos Supremos inabalável depois da saga.
E então nós temos combates clássicos como Colossus perfurando a armadura do Homem de Ferro, os raios de Tempestade contra Thor, Wolverine rasgando o uniforme do Capitão América. Tudo numa abordagem de fácil compreendimento e sem dúvida uma boa pedida.
Invasão Secreta
E pra fechar eu escrevo sobre Invasão Secreta. Me lembro das campanhas de divulgação mostrando a frase "Em Quem Você Confia?" no site e nas revistas da Panini.

Mas aos poucos são revelados que haviam infiltrados ou seja, metamorfos no meio dos heróis, como Elektra e Mulher-Aranha que na saga, foi uma das fundadoras dos Novos Vingadores e grande líder ao lado do Homem de Ferro e Capitão América. Com isso, começa a maluquice de quem é quem, que particularmente eu acho o mais legal na saga. Pra piorar uma nave chega a Terra com vários principais heróis dentro, que supostamente estavam presos no planeta dos Skrulls e são libertos (imagem acima), fazendo com que o leitor pire de vez.

Curiosidade 2: Os Supremos é a versão inspirada do filme Os Vingadores. Um grande exemplo é o Nick Fury que é interpretado pelo Samuel L. Jackson. Na versão original ele é branco e no universo ultimate e no filme é negro ;D
Bem, esses são as minhas histórias em quadrinhos preferidas. HQs hoje em dia é algo que não é mais tão distante das pessoas graças aos filmes. Então você não precisa ser nerd pra acompanhá-las. Apenas fica a dica de pegá-las no começo de alguma saga ou história.
Essas revistas fazem parte de vários anos da minha vida e tem um valor sentimental pra mim. Coisas históricas a gente tem sempre que guardar com carinho, né? E pelo blog pude compartilhar... É isso.
Quebrado por Camila Laís @kmilalais